O
Brasil está entre os países que mais lincham no mundo. Nada
menos que quatro linchamentos e tentativas de linchamento por dia. Nos
últimos 60 anos, mais de um milhão de brasileiros participou
de ações de justiçamento de rua.
Neste
livro oportuno e inquietante, o sociólogo José de Souza
Martins busca, além dos motivos próximos, as raízes
profundas dessa antiga prática, verdadeiro ritual de loucura coletiva.
Confira
ainda a entrevista
com o autor sobre o livro no jornal El País.
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obra já está em pré-venda, aproveite!
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O Brasil está entre os países que mais lincham no mundo.
Essas ações, motivadas por atos gravíssimos de
estupro de crianças, por casos de incesto, por roubos que vitimam
pessoas pobres e desvalidas, culminam no trucidamento violento dos acusados.
Embora no geral seja curta a duração do ódio que move essas ações, não é pequeno o elenco dos momentos do ato de linchar. Eles vão da perseguição ao apedrejamento, ao espancamento, à mutilação do linchado e, não raro, ao seu extermínio pelo fogo, estando ainda vivo. A crueldade da multidão é demarcada e regulada por valores e procedimentos do justiçamento arcaico, que nos remetem a normas e critérios da Inquisição e das Ordenações Filipinas. Pouco diferem os nossos linchamentos de hoje dos que entre nós já eram praticados desde o primeiro de que se tem notícia, na Bahia, em 1585.
Embora no geral seja curta a duração do ódio que move essas ações, não é pequeno o elenco dos momentos do ato de linchar. Eles vão da perseguição ao apedrejamento, ao espancamento, à mutilação do linchado e, não raro, ao seu extermínio pelo fogo, estando ainda vivo. A crueldade da multidão é demarcada e regulada por valores e procedimentos do justiçamento arcaico, que nos remetem a normas e critérios da Inquisição e das Ordenações Filipinas. Pouco diferem os nossos linchamentos de hoje dos que entre nós já eram praticados desde o primeiro de que se tem notícia, na Bahia, em 1585.
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