segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os destruidores do meio ambiente em BH

Noticia do jornal Hoje em Dia.
Triste, mas é verdade! Depois de gastar verbas públicas comprando coxinhas feitas por sua tia, um vereador de codinome bizarro apresenta mais uma "gracinha"!

Observa-se em Belo Horizonte uma pressão muito grande para transformar
área verde, classificada como Zona de Proteção Ambiental (ZPA), em
Zona de Especial Interesse Social (ZEIS). Na primeira, árvores,
arbustos e animais silvestres estão preservados. Na segunda, parte da
área seria aproveitada para construção de casas para sem tetos, com
recursos do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, e
prédios para a classe média, construídos pela iniciativa privada com
financiamento bancário.

A mais recente ofensiva tem como alvo a ZPA da Mata da Baleia, uma
área de quase 3 milhões de m². Em meio à mata estão localizados três
hospitais pertencentes à Fundação Benjamin Guimarães. O nome
homenageia o fundador do primeiro desses hospitais, um empresário
 importante na história mineira, que recebeu do então governador
Benedito Valadares doação da área da Fazenda da Baleia, para levar
adiante sua ideia filantrópica.
 
Em abril de 2007, o Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam)
aprovou o Plano Diretor da Mata da Baleia desenvolvido pela Fundação
Benjamin Guimarães para preservar a área, que abriga córregos e
nascentes e uma rica biodiversidade. A mata forma, com o Parque
 Estadual da Baleia, o Parque Municipal das Mangabeiras, o Paredão da
Serra do Curral e a Mata do Jambreiro, um importante corredor
ecológico de preservação.

Pois é essa mata que o presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês, um
dos 19 vereadores reeleitos, quer transformar, no apagar das luzes da
atual legislatura, em ZEIS. Talvez ele não tenha tempo para isso até
31 de dezembro, embora a história de Belo Horizonte
 mostre que os políticos podem ser bem ágeis, quando motivados. Os
partidos que formaram a coligação que reelegeu Marcio Lacerda
conquistaram 75% das 41 cadeiras na Câmara e, portanto, o prefeito
terá grande influência sobre a aprovação ou não dessa proposta.
 Ele não deve querer entrar para a história como o prefeito que
destruiu a Mata da Baleia, uma das poucas ZPAs importantes que ainda
restam na capital mineira.

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