Olhando hoje o blog da amiga Kika Castro, me deparei com o que ela escreveu e resolvi ampliar o número de leitores indicando a todos vocês que me acompanham.
Eleito deputado federal, ao estrear na política em 2010, com a maior votação do país, Tiririca acaba de externar, conforme o ex-presidente da OAB-MG, Aristóteles Atheniense – que teve papel importante na resistência à ditadura militar em Minas –, o seu desalento com o comportamento de seus pares e a impossibilidade de realizar o que seria realmente do interesse da comunidade. Ele não pensa em reeleição. Quer voltar ao picadeiro, para ser apenas palhaço.
Essa desilusão de Tiririca com o Poder Legislativo acaba sendo a de todos nós, e isso é péssimo para o sistema político que desejamos, porque não há outro melhor – a democracia. E ela se constrói com um Legislativo, um Judiciário e um Executivo respeitados pela população e atuando em equilíbrio de poder. A imprensa pode dar uma contribuição importante para o aperfeiçoamento de nosso sistema político.
É o que procura, ao noticiar com destaque a investigação em curso pela Polícia Federal contra o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado Dinis Pinheiro, do PSDB. Ele é suspeito de uso de caixa 2 para a compra de votos durante a campanha para sua reeleição, em 2010. Dinis Pinheiro foi o candidato mais votado, recebendo 159.422 votos. Ele está no quinto mandato e já havia sido campeão de votos nas duas eleições anteriores. Em 2011, foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa.
Ao contrário de Tiririca, o deputado mineiro não demonstra qualquer desalento com a atividade política, e não esconde o desejo de ser governador de Minas. Também não é palhaço, mas empresário bem-sucedido do setor de transportes. Com sua longa convivência política, não pode desconhecer a importância da transparência na gestão pública, para que o país tenha a democracia que merece e deseja.
Por isso, é lamentável que a Assembleia Legislativa, que deve custar neste ano quase R$ 1 bilhão aos contribuintes mineiros, tenha resistido tanto, sob sua gestão, ao cumprimento da Lei de Acesso à Informação. Foi a última instituição mineira a informar, conforme a lei, sobre sua folha de pagamentos – que deve consumir neste ano R$ 791 milhões – e quando o fez, foi de forma incompleta. Ao revelar o valor de cada salário pago em janeiro, a Assembleia Legislativa omitiu os nomes dos servidores, alguns deles com salários líquidos mensais superiores aos da presidente da República.
Desde que a imprensa descobriu, há mais de oito anos, salários de até R$ 50 mil pagos a funcionários da Assembleia mineira, muitos erros já foram corrigidos, mas o contribuinte espera mais, para que haja um mínimo de isonomia com os salários que recebem a imensa maioria dos trabalhadores brasileiros.
Desilusão minha tambem...
ResponderExcluir...Eta Brasil... de colônia, coronelismo, cangaço, escravidão, submissão e desilusão.Até quando seremos meras massas de manobra. Por essa e outra é que larguei a EDUCAÇÃO. Como vou professar o que não acredito e não consigo mudar...Assim ficar difícil!
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