Ontem, ele esteve em BH. E o espetáculo é realmente grandioso.
Puristas há que torcem o nariz para ele. Tolinhos! O que ele faz de mais grandioso é apresentar, de forma lúdica, o que há de melhor na música clássica, comprovando que ela é a música de todas as gerações, em todas as épocas.
Nada de músicos sisudos, todos de preto, como são, geralmente, as orquestras. Não, ali no palco tudo é cor, movimento, vibração, alegria. E que contagia as plateias, onde quer que ele vá.
O palco escolhido para ele se apresentar foi o Mineirinho, que estava lotado como se pode ver. (Foto Izabel Faria)
Havia uma preocupação com a acústica, mas não vi problema algum. Nesse aspecto, tudo foi perfeito.
O problema, aliás, os problemas dizem respeito ao Mineirinho e seu entorno.
1. O trânsito - Caótico é apelido. Saimos de casa às 19:30 e conseguimos entrar no estádio às 21:10. O viaduto recém-construído para ligar a Av. Antônio Carlos ao Mineirão e ao Mineirinho estava tomado de carros, vans, ônibus. Entramos nele às 20:20 e gastamos meia hora para a van rodar algo em torno de uns 500 metros. Descemos um pouco antes e fomos à pé o restante do trajeto.
2. quando chegamos, a orquestra já estava a postos. Europeus costumam iniciar no horário previsto. Felizmente não perdemos nada porque Rieu notou o volume imenso de gente entrando e esperou uns 20 minutos antes de dar início. Falou, num português não muito preciso, claro, que só iria começar quando todos estivessem sentados e em silêncio.
3. Muita gente se comportou como se torcedores de algum jogo fossem. Obrigaram Rieu a pedir que quando ele falasse, ninguém mais falasse...
4.
Da entrada no portão principal até se chegar ao estádio, um caminho
longo, escuro, cheio de buracos. Ideal para pessoas idosas tropeçarem e
quase cairem...
5.
Banheiros em estado lamentável. Papel higiênico? Nada... prá quê, né
mesmo?O banheiro masculino no qual tive o desprazer de entrar tinha, de
um lado 4 vasos com portas de madeira que devem ter a mesma idade do
estádio. Podres, caindo aos pedaços, nenhuma fechava. Do outro lado
havia 5 mictórios, dos quais apenas 3 funcionavam, pois 2 haviam sido
arrancados e não foram substituidos. Filas para urinar! Incrível!
O
chão todo molhado de urina, um fedor desagradabilíssimo! Não eram
toaletes recomendadas para pessoas que pagaram 300,00, 500,00 ou até
2.500,00...
6.
Por falar nisso, uma distinta senhorita ou senhora, sentada nas
cadeiras dos abonados que pagaram 2.500,00 para ver o concerto, teve o
lindo e meigo gesto de jogar uma calcinha no palco para o maestro, que
apenas olhou e deixou-a no chão. Esqueceram de falar com a distinta que
não era o Wando...
No
mais, foi muito bom o concerto. Duas horas e meia que passaram
desapercebidas, tal o envolvimento com as músicas apresentadas.
Detalhe
interessante foi que, no inicio e perto do final, ele tocou uma música
que os mineiros já se acostumaram a ouvir e o estádio inteiro cantou:
Oh! Minas Gerais! Devem ter segredado para ele, mas ele sabe que a
música de verdade se chama Veni sul mare, é uma canção napolitana, de
autoria desconhecida e que foi devidamente plagiada pelo autor do "hino
mineiro".
Algumas fotos, tiradas por mim e pela minha esposa:
O "tocador de sinos"
Momento brincadeira - chuva de papel picado na plateia
Balada por Adeline - um show de piano
Duas vozes de ouro do Terceiro Mundo: Africa do Sul e Brasil
Lembra do Dr. Jivago? Esta é uma Balalaika...
O momento mais aplaudido: Ave Maria de Gounod, cantado pela soprano sul-africana Kimmy Skota
Ao final, o momento Brasil - Tico-tico no fubá e Aquarela do Brasil
eu fui ao andré rieu em sao paulo, no ibirapuera, quando ele veio em setembro do ano passado...FANTÁSTICO!!! Melhor show que já fui... tbm assisti váááários dvds dele... minha tia está colecionando... ela foi em 3 shows dele... 2 ano passado e este ano no Rio!!!
ResponderExcluirVolte sempre AR, nossos ouvidos e alma agradecem!!!!