Há protestos e protestos, reações e não-reações

Quero indicar aqui o blog da minha amiga Cris, que registrou a passeata de protesto ontem em Belo Horizonte. Ao que parece, foi "um pouquinho diferente" das que estão ocorrendo em São Paulo, Rio, Brasilia e outras capitais.

Quem sabe se os policiais deixassem as pessoas fazerem seus protestos sem interferir, até colaborando com o trânsito para que todos exercessem democraticamente seu direito constitucional de se manifestar, não teríamos evitado ver aquelas cenas pavorosas da semana passada?

O texto inicial da postagem dela foi este:

Cenas do protesto com milhares de pessoas em Belo Horizonte

by Cristina Moreno de Castro

Fazia uma linda tarde de sol, com céu azul e jogo do Brasil inaugurando a Copa das Confederações. Aquelas pessoas poderiam estar na piscina, no buteco, ou simplesmente estiradas no sofá de casa, com uma latinha de cerveja na mão, de frente pra TV. Ah sim: também poderiam estar no Facebook.

Mas preferiram sair de casa, empunhando cartazes, faixas, bandeiras, apitos e narizes de palhaço, para protestar por uma causa que é ampla o suficiente para comportar dezenas de grupos diferentes, muitos dos quais apartidários. E, embora estivessem acompanhados de perto por policiais militares, na cavalaria, no choque, a pé, em motos e carros, tudo o que testemunhei desse protesto coletivo foi pacífico, do início do fim.

Diz a polícia que havia 2.000 pessoas. Alguns organizadores falam em 5.000. (No Facebook, 21 mil confirmaram.) Como sempre há extrapolações de ambos os lados, faço a média e deixo aqui registrado que havia lá seus 3.500 manifestantes, que percorreram juntos, ao menos das 14h às 16h30 (tempo em que acompanhei), um percurso de 3 km. O fato é que havia muita gente, gente que nunca vi reunida, em tamanha quantidade e disposição, nos meus 28 anos de Beagá.

E as fotos vocês podem ver no blog dela: 

http://kikacastro.wordpress.com/2013/06/15/cenas-do-protesto-com-milhares-de-pessoas-em-belo-horizonte/