Quando se pensa que a questão tá resolvida... verifica-se que o buraco é mais embaixo... bem mais embaixo...
Alvo da PF, superlobis ta agita o meio político
O surgimento do nome de um dos maiores e
mais importantes lobistas do país, José Amaro Pinto Ramos, nas
investigações do propinoduto tucano do Metrô de São Paulo, causa imenso
alvoroço em todo o meio político; além de aproximar os tucanos da
Alstom, ele também se envolveu na venda dos caças Rafaele; sua
influência esteve presente nos governos de Jânio Quadros, Orestes
Quércia, Luiz Antônio Fleury e Mario Covas; foi também ele quem
aproximou José Dirceu da Casa Branca; PF investiga transferência de
cotas de sua empresa para o ex-deputado Cunha Bueno, amigo pessoal de
FHC9 de Setembro de 2013 às 09:20
247 - Colecionador de arte, frequentador de restaurantes finos e apostador no Jockey Club paulistano, onde têm direito à mesa com ampla visão da pista de corrida e seu nome nela gravado em uma vistosa placa de bronze, José Amaro Pinto Ramos é nome recorrente em todos os grandes negócios nas mais altas esferas do poder nas últimas quatro décadas, pelo menos. Da compra de caças Mirage para a FAB na França nos anos 70 até o lobby para que sejam substituídos pelo caríssimo e mal-afamado caça Rafale, também fabricado pela Dassault, do escândalo do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) no primeiro mandato de FHC, até a explosão do investidor Bernard Madoff, o até agora discreto Pinto Ramos está presente.
Ele tanto apresentou o marqueteiro de Bill Clinton, James Carville, para Sérgio Motta e o PSDB, quanto aproximou José Dirceu e o PT da Casa Branca. Foi homem forte na gestão de Jânio Quadros na prefeitura de São Paulo e trafegou com desenvoltura nos governos de Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury e Mário Covas. Auxiliou as maiores empreiteiras do Brasil em negócios no país e no exterior e fez do eixo Washington-Paris-São Paulo-Brasília, o seu cenário de “operações”, algumas tidas como nem sempre ortodoxas.
Paulo Maluf, em histórico bate-boca com o falecido ministro Sérgio Motta, disse claramente que José Amaro Pinto Ramos mandava no tucanato. Serjão, apesar de toda sua conhecida irreverência, calou-se e não respondeu ao adversário.
Investigado pelo FBI por negócios mal esclarecidos nos Estados Unidos, o lobista da Alstom e da Siemens (dentre outras dezenas de grandes corporações nacionais e internacionais) sai à luz com a revelação de que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal o investigam por suposta participação central no escândalo do Metrô, com o comprovado desvio de mais de US$ 1 bilhão.
Uma das “operações” de José Amaro Pinto Ramos, a que o 247 teve acesso com exclusividade, chamou a atenção do MPF e do DPF. Ela se deu em 30 de junho de 2010, quando o lobista transferiu a titularidade de uma empresa de sua propriedade, através da cessão e transferência de 1 milhão e duzentas mil quotas pelo valor de R$ 1,00 por quota, para outras três empresas, capitaneadas pelo ex-deputado federal paulista Antônio Henrique Cunha Bueno, notório ex-líder monarquista e amigo pessoal de FHC.
Pinto Ramos e a Epcint Assessoria Técnica Ltda., transferiram as quotas que possuíam para as empresas Marenostrum (1.248.502 quotas), à Ressac (83.363 quotas) e à EDEN (333.454 quotas). José Amaro Pinto Ramos e a sua empresa (Epcint) transferem o negócio e as três empresas, imediatamente, formam a Vitrus Consultoria de Mercados, uma sociedade anônima. A nova diretoria é constituída por Cunha Bueno, como presidente, e Pinto Ramos é nomeado diretor-administrativo.
As autoridades trabalham com a possibilidade de que Pinto Ramos realizou uma operação bastante conhecida no mercado, tentando apagar os rastros de operações de lobby e pagamento de propinas realizadas por sua antiga empresa, a Epcint, formando uma nova, com a incorporação de outras empresas, que seriam dele ou de pessoas ligadas a ele. Esse pode ser, segundo uma fonte da Polícia Federal, um dos caminhos pelos quais passa a intrincada história do rombo de mais de US$ 1 bilhão do metrô paulista.
Com exclusividade, trechos da ata de constituição da Vitrus, que chamou a atenção do Ministério Público e da Polícia Federal:
Data: 30.06.10. Hora: 16h. Loc
fonte: http://www.brasil247.com/pt/
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