Em
março, o mineroduto da Anglo American se rompeu duas vezes, "levando
poluição a um manancial que abastece a cidade Santo Antônio do Grama
(MG), impactando uma população de 4.200 pessoas." O resultado foi uma
multa aplicada pelo Ibama e suspensão das atividades da mineradora por
90 dias.
Meu pai escreveu sobre isso aqui no blog no começo do mês, mas as aspas que peguei emprestadas no parágrafo anterior são do repórter Léo Rodrigues, que publicou uma matéria muito interessante na Agência Brasil, nesta segunda-feira. Ele divulga o lançamento do livro Violências de mercado e de Estado no contexto do empreendimento minerário Minas-Rio, feito por pesquisadores da UFMG, que ouviram moradores das comunidades afetadas pelo empreendimento.
Relata Léo Rodrigues:
"Foram
identificados violações e danos ainda não devidamente reconhecidos pela
mineradora e pelo Poder Público. Entre as situações descritas, estão a
extinção de nascentes, a poluição e o assoreamento de mananciais, que
acarretariam a escassez de água. Também são mencionadas remoções
forçadas, prejuízos à agricultura e pecuária familiar, morte de peixes,
impactos na pesca, trânsito intenso de veículos, incômodos gerados por
poeira e lama, barulhos intensos das obras, falta de transparência que
impede o direito à informação, invasão de propriedades por máquinas,
entre outros."
A
matéria também dá amplo espaço ao "outro lado", com posicionamentos da
mineradora, do Ibama e da secretaria estadual responsável por liberar as
licenças ambientais. É possível ler tudinho clicando AQUI.
Mas
eu gostaria mesmo era de ler o livro, que foi distribuído gratuitamente
no dia de seu lançamento, em 3 de maio, na Casa do Jornalista. Quero me
debruçar sobre as histórias dessa gente sofrida, que vê um mineroduto
enfiado goela abaixo, levando embora sua água, e nada pode fazer. Se
alguém souber como consigo o PDF do livro, favor compartilhar aí nos
comentários
(fonte: blog da Kika Castro)
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