Al Qaeda, o Facebook e os EUA
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Ao longo do tempo, na tentativa de proteger seus interesses – usando o anticomunismo e outros pretextos como a “defesa da democracia” e da “civilização ocidental” – os Estados Unidos nunca hesitaram em abrir, sempre que quiseram, por arrogância ou estupidez, suas pequenas caixas de Pandora.
Na Segunda Guerra Mundial, parte da elite estadunidense, abertamente hitlerista – celebridades como o aviador Charles Lindbergh e o magnata da indústria automobilística Henry Ford nunca esconderam sua simpatia pelo nazismo – só tomou posição contra o Eixo quando foi obrigada a isso com o ataque-surpresa da Marinha Imperial Japonesa a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941.
Antes, durante a Guerra Civil Espanhola, o “establishment” anglo-saxão, incluindo a Grã Bretanha, já havia percebido, extasiado, que não havia nada melhor que o fascismo para massacrar comunistas e esquerdistas. E fechara os olhos, complacentemente, para os ataques das tropas italianas mandadas por Mussolini e da aviação nazista contra milhares de mulheres, idosos e crianças desarmadas, em cidades como Guernica, Madrid e Barcelona.
Agora, depois da Coréia, do Vietnam, de dezenas de intervenções e golpes na África, Ásia e América Latina, das invasões do Iraque e do Afeganistão – guerras inúteis em que perderam trilhões de dólares e milhares de soldados, e das quais saíram sem atingir seu objetivo de estabilizar no poder regimes fantoches – os EUA abriram, mais uma vez, com a “Primavera Árabe”, sua Caixa de Pandora.
Ao insuflar pela internet, e com agentes infiltrados, a derrubada de governos seculares, em países com diferentes etnias e culturas, os norte-americanos e os países que se colocaram a seu serviço, como a Espanha, não destroçaram, apenas, estas nações, com guerras civis, doenças, destruição, centenas de milhares de refugiados, assassinatos, estupros, abusos e tortura.
Eles também abriram caminho, na Tunísia, na Líbia, no Egito, no Sudão e na Síria, para o ressurgimento e a ascensão de um novo fundamentalismo islâmico, que almeja não só tomar o controle nesses países, mas também atingir, com eficácia, o coração do Ocidente.
Dessa vez, no lugar de usar bombas, os radicais muçulmanos estão preferindo usar o feitiço contra o feiticeiro. A mesma internet – e o mesmo Facebook – utilizada para ajudar a parir uma “primavera” cujo retrato mais cruel é o de crianças sírias comendo cães para não sucumbir à fome, está sendo usada, agora, pela Al Qaeda, para converter e recrutar centenas de jovens ocidentais para lutar, em nome de Alá, nos escombros do Oriente Médio, contra o governo sírio.
Alguns já morreram, como a norte-americana Nicole Mansfield, de 33 anos, atingida em um tiroteio com dois outros ocidentais. Outros estão sendo rastreados e presos, em sua volta aos EUA, como afirmou, há poucos dias, em um depoimento em Washington, o diretor do FBI James Comey.
Ao longo do tempo, na tentativa de proteger seus interesses – usando o anticomunismo e outros pretextos como a “defesa da democracia” e da “civilização ocidental” – os Estados Unidos nunca hesitaram em abrir, sempre que quiseram, por arrogância ou estupidez, suas pequenas caixas de Pandora.
Na Segunda Guerra Mundial, parte da elite estadunidense, abertamente hitlerista – celebridades como o aviador Charles Lindbergh e o magnata da indústria automobilística Henry Ford nunca esconderam sua simpatia pelo nazismo – só tomou posição contra o Eixo quando foi obrigada a isso com o ataque-surpresa da Marinha Imperial Japonesa a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941.
Antes, durante a Guerra Civil Espanhola, o “establishment” anglo-saxão, incluindo a Grã Bretanha, já havia percebido, extasiado, que não havia nada melhor que o fascismo para massacrar comunistas e esquerdistas. E fechara os olhos, complacentemente, para os ataques das tropas italianas mandadas por Mussolini e da aviação nazista contra milhares de mulheres, idosos e crianças desarmadas, em cidades como Guernica, Madrid e Barcelona.
Agora, depois da Coréia, do Vietnam, de dezenas de intervenções e golpes na África, Ásia e América Latina, das invasões do Iraque e do Afeganistão – guerras inúteis em que perderam trilhões de dólares e milhares de soldados, e das quais saíram sem atingir seu objetivo de estabilizar no poder regimes fantoches – os EUA abriram, mais uma vez, com a “Primavera Árabe”, sua Caixa de Pandora.
Ao insuflar pela internet, e com agentes infiltrados, a derrubada de governos seculares, em países com diferentes etnias e culturas, os norte-americanos e os países que se colocaram a seu serviço, como a Espanha, não destroçaram, apenas, estas nações, com guerras civis, doenças, destruição, centenas de milhares de refugiados, assassinatos, estupros, abusos e tortura.
Eles também abriram caminho, na Tunísia, na Líbia, no Egito, no Sudão e na Síria, para o ressurgimento e a ascensão de um novo fundamentalismo islâmico, que almeja não só tomar o controle nesses países, mas também atingir, com eficácia, o coração do Ocidente.
Dessa vez, no lugar de usar bombas, os radicais muçulmanos estão preferindo usar o feitiço contra o feiticeiro. A mesma internet – e o mesmo Facebook – utilizada para ajudar a parir uma “primavera” cujo retrato mais cruel é o de crianças sírias comendo cães para não sucumbir à fome, está sendo usada, agora, pela Al Qaeda, para converter e recrutar centenas de jovens ocidentais para lutar, em nome de Alá, nos escombros do Oriente Médio, contra o governo sírio.
Alguns já morreram, como a norte-americana Nicole Mansfield, de 33 anos, atingida em um tiroteio com dois outros ocidentais. Outros estão sendo rastreados e presos, em sua volta aos EUA, como afirmou, há poucos dias, em um depoimento em Washington, o diretor do FBI James Comey.
(Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/02/al-qaeda-o-facebook-e-os-eua.html)
Nenhum comentário:
Postar um comentário