domingo, 11 de junho de 2017

China e Califórnia assinam acordo após Trump sair do Acordo de Paris


O Estado norte-americano e o ministério chinês da Ciência e Tecnologia assinaram um acordo de colaboração no desenvolvimento de tecnologias limpas
O Presidente chinês, Xi Jinping, e o governador do Estado norte-americano da Califórnia, Jerry Brown, comprometeram-se esta terça-feira a cooperar na luta contra as alterações climáticas, depois de Donald Trump ter renunciado ao acordo de Paris.
Xi e Brown reuniram-se no Grande Palácio do Povo, em Pequim, parte da visita oficial que o governador realiza esta semana à China, após a decisão do Presidente dos Estados Unidos.
A informação é publicada por Diário de Notícias, 06-06-2017.

Xi Jinping disse estar confiante de que a Califórnia vai continuar a promover a cooperação bilateral, especialmente nos setores da tecnologia, inovação e desenvolvimento verde, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
A Califórnia e o ministério chinês da Ciência e Tecnologia assinaram um acordo de colaboração no desenvolvimento de tecnologias limpas.
O governador da Califórnia assinou colaborações similares nos últimos dias com os líderes das províncias chinesas de Jiangsu e Sichuan.
Em Pequim, Brown afirmou que a decisão de Trump de sair do acordo de Paris é apenas um "retrocesso temporário" na luta global contra as alterações climáticas.
"A China, os países europeus e os Estados norte-americanos vão agora preencher o vazio deixado pela decisão de Washington", disse.
"Ninguém pode ficar à margem. Não podemos permitir qualquer desistência do tremendo desafio humano de fazer a transição para um futuro sustentável", acrescentou.
Jerry Brown é um dos líderes da chamada Aliança dos EUA pelo Clima, que reuniu até agora treze Estados e territórios do país, em resposta à decisão de Trump de sair do acordo de Paris.
A Califórnia, a maior economia entre os Estados norte-americanos, é também um dos Estados que exerce controlo mais rigoroso na área ambiental, detendo a liderança no setor no país.
Apesar de a China ter ultrapassado, nos últimos anos, os EUA como líder mundial no desenvolvimento de energias renováveis, tem tido dificuldades em integrar os painéis solares e turbinas eólicas numa rede de distribuição elétrica dominada por centrais a carvão.
Trump é um acérrimo defensor das indústrias fósseis norte-americanas, em particular da do carvão, que sofreu um forte declínio na produção, durante o mandato do anterior Presidente Barack Obama.

(fonte: http://www.ihu.unisinos.br/568450-china-e-california-assinam-acordo-apos-trump-sair-do-acordo-de-paris)

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