No Estado onde ocorreu tragédia de Mariana, centenas de minas estão abandonadas, oferecendo alto risco à Saúde e Ambiente. Capital esgota a terra e retira-se irresponsavelmente. Poder público é cúmplice
Por Thiago Domenici, na Pública
Minas abandonadas e paralisadas. Centenas delas. Algumas
com alto risco ambiental. O caso da Engenho D’Água, em Rio Acima (MG),
expõe a negligência em relação ao fechamento das minas, também chamado
de “descomissionamento”. A empresa Mundo Mineração Ltda. simplesmente
abandonou a exploração em 2012. Sem tomar nenhuma atitude para mitigar
os impactos sociais e ambientais do empreendimento.
Um levantamento
divulgado em janeiro pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam)
coloca a Engenho entre as cinco minas classificadas como de risco
ambiental “muito alto”. Ou seja, passíveis de causar impactos “muito
expressivos” ao ambiente e à saúde humana e de potencializar “os danos
da atividade e de ocorrência de acidentes”. Estão na mesma categoria a
mina de ferro da Mutuca, em Nova Lima, da Vale S.A.; a mina de areia
Areial Três Munhos Eireli, em Ouro Preto; a mina de diamante da
Mineração São Geraldo do Barro Duro, em Diamantina; e a Mineração de
Ferro Geral do Brasil (ex-extrativa Paraopeba), no município de
Brumadinho.
O documento registra 400 minas abandonadas ou paralisadas,
número que não se refere ao total do estado, podendo haver outras
tantas centenas. Com base nesses dados, a Pública elaborou um mapa interativo
onde estão indicadas as áreas definidas como de muito alta, alta,
média, baixa e muito baixa vulnerabilidade ambiental. Um mosaico
preocupante da situação minerária do estado, palco do rompimento da
barragem de Fundão, da empresa Samarco, que pertence à Vale S.A. e à BHP
Billiton, em novembro do ano passado.
Como esta matéria, de grande importância, é extensa e possui mapa interativo, que não sei se conseguiria reproduzi aqui, encaminho vocês para a continuação. Leiam e vejam aqui:
http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=289752
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