Acho que estou precisando conhecer Cuba.
Leitores: leiam tudo, com espírito aberto, depois reflitam. Observem que os números e análises não são elaborados por comunistas ferrenhos. Aí temos dados do Banco Mundial, da Unesco, da ONU. Dados insuspeitos, em meu entender.
Esta matéria foi extraída do Blog DoLaDoDeLa.
Posted: 28 Feb 2013 02:34 PM PST
A Taxa de Mortalidade Infantil de Cuba: 4,6 por mil habitantes (a mais baixa do terceiro mundo e do continente americano - incluindo Canadá e EUA).
Segundo A American Association for World Health, cujo presidente de honra é Jimmy Carter, Cuba é "considerado de modo uniforme, como o modelo preeminente para a Saúde no terceiro mundo, onde não há barreiras, nem raciais, nem econômicas.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), Cuba é a nação melhor dotada do mundo em número de médicos por habitante 1/148 (78.622 médicos no total)
Para a New England Journal of Medicine, a mais prestigiada revista médica do mundo, "o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. (...) Apesar do fato de Cuba dispor de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que os EUA não conseguiram resolver ainda. Cuba dispõe do dobro de médicos por habitante do que os EUA.
Para o Escritório de Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IDH), Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que se encontra entre as dez primeiras nações do mundo sob três critérios: expectativa de vida, educação e nível de vida, durante a última década.
Para a Unesco, a taxa de analfabetismo em Cuba é mais baixa e a de escolarização a mais alta da América Latina. "Um aluno cubano tem o dobro de conhecimentos do que uma criança latino-americana." (...) "Apesar de Cuba ser um dos países mais pobres da América Latina, dispõe dos melhores resultados quanto à educação básica".
A Unesco classifica Cuba como a primeira em todos os aspectos no que se refere à educação entre os 13 países da América Latina. "É o décimo sexto lugar do mundo - e o primeiro no continente americano - no Índice de Desenvolvimento da Educação para todos (IDE), que avalia o ensino primário universal, a alfabetização dos adultos, a paridade e a igualdade dos sexos, assim como a qualidade da educação." Os EUA está em 25° lugar.
Ainda a Unesco: "Cuba é a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional à educação, com cerca de 13% do PIB."
A Escola Latino-americana de Medicina de Havana é uma das mais prestigiadas do continente americano e já formou dezenas de milhares de profissionais da saúde de mais de 123 países do mundo.
O Unicef diz que "Cuba é um exemplo na proteção à infância". Juan José Ortiz, representante da Unicef em Havana, diz que "não há nenhuma criança nas ruas. Elas ainda são uma prioridade e, por isso, não sofrem as carências de milhões de crianças da América Latina, que trabalham, são exploradas ou caem nas redes de prostituição".(...) "É um paraíso para a infância na América Latina".
Cuba é o único país da América Latina e do terceiro mundo que erradicou a desnutrição infantil, segundo o Unicef.
A organização não-governamental Save the Children coloca Cuba em primeiro lugar entre os países em desenvolvimento nas condições de maternidade, à frente de Argentina, Israel ou Coreia do Sul.
A primeira vacina do mundo contra o câncer de pulmão, a Cimavax-EGF, foi desenvolvida por pesquisadores cubanos do Centro de Imunologia Molecular de Havana.
Desde 1963, com a primeira missão médica humanitária eviada à Argélia, 132 mil médicos cubanos e outros profissionais da saúde colaboram voluntariamente, em 102 países. Os médicos cubanos atenderam mais de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas, em todo o planeta. Hoje, 38.868 colaboradores sanitários cubanos, entre eles 15.407 médicos, oferecem seus serviços em 66 nações.
Segundo o PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, "um dos exemplos mais exitosos da cooperação cubana com o Terceiro Mundo tem sido o Programa Integral de Saúde América Central, Caribe e África". Em 2012, Cuba formou mais de 11 mil novos médicos: 5.315 são cubanos e 5.694 são de 69 países da América Latina, África, Ásia… inclusive dos Estados Unidos.
Na tragédia causada pelo furacão Katrina, em 2005, em Nova Orleans, Cuba ofereceu a Washington 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente da época, George W. Bush, rejeitou a oferta.
Depois do terremoto que destruiu o Paquistão, em novembro de 2005, 2.564 médicos cubanos atenderam as vítimas durante mais de oito meses. Foram montados 32 hospitais de campanha, entregues às autoridades do país. Quase dois milhões de pacientes foram tratados e 2.086 vidas foram salvas.
Depois do terremoto no Haiti, em janeiro de 2012, a brigada médica cubana, presente desde 1998, foi a primeira a atender a população e curou mais de 40% das vítimas.
Segundo Paul Farmer, enviado especial da ONU, em dezembro de 2012, quando a epidemia de cólera alcançou seu ápice no Haiti com uma taxa de mortalidade sem precedentes "metade das ONG já tinham se retirado, enquanto os Cubanos ainda estavam presentes".
Segundo o PNUD, a ajuda humanitária cubana representa, proporcionalmente ao PIB, uma porcentagem superior à media das 18 nações mais desenvolvidas do planeta.
A Operação Milagre, lançada por Cuba e Venezuela em 2004, que consiste em operar gratuitamente as populações pobres vítimas de cataratas e outras doenças oculares, recuperou a visão de dois milhões de pessoas procedentes de 35 países.
O programa de alfabetização cubano "Yo, sí puedo", lançado em 2003, já ensinou a ler, escrever e somar a mais de cinco milhões de pessoas de 28 países diferentes, incluindo da Espanha e Austrália.
Desde a criação do Programa humanitário Tarará, em 1990, em resposta à catástrofe nuclear de Chernobil, cerca de 30 mil crianças 5 e 15 anos foram tratadas gratuitamente em Cuba.
Segundo Elías Carranza, diretor do Instituto Latinoamericano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente, Cuba erradicou a exclusão social graças "a grandes conquistas na redução da criminalidade". Nas últimas três décadas houve aumento do número de mortes nas prisões e no exterior, graças à deteorização em relação aos crimes e à falta de segurança em escala continental.
O sistema de Defesa Civil cubano é, segundo o Centro para a Política Internacional de Washington, "não há nenhuma dúvida quando à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 furacões mais importantes que atingiram a ilha na última década. A propabilidade de morrer em um furacão nos EUA é 15 vezes maior do que em Cuba".
Para a ONU, "os únicos países que erradicaram a fome na América Latina são Cuba, Chile, Venezuela e Uruguai."
Para a FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, "as medidas aplicadas por Cuba na atualização de seu modelo econômico com vistas a conseguir a soberania alimentar podem se converter em um exemplo para a humanidade".
Para o Banco Mundial, "Cuba é reconhecida internacionalmente por seus êxitos no campo da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maioria dos países em vias de desenvolvimento e, em alguns setores, é comparável ao de países desenvolvidos".
O Fundo das Nações Unidas para a População destaca que Cuba "adotou, há mais de meio século, programas sociais muito avançados, que permitiram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos".
Desde 1959, e da chegada de Fidel Castro ao poder, nenhum jornalista foi assassinado. O último que perdeu a vida em Cuba foi Carlos Bastidas Argüello, assassinado pelo regime militar de Batista em 13 de maio de 1958.
No informe de 2012 da Anistia Internacional, Cuba é considerada um dos países da América onde menos se violam direitos humanos. As violações de direitos humanos são mais graves nos EUA do que em Cuba, segundo a AI. Atualmente, não há nenhum preso político em Cuba.
A propósito, o único país do continente americano que não mantém relações diplomáticas e comerciais normais com Cuba são os EUA.
Dados extraídos de um compilado feito por Salim Lamrani, no Opera Mundi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário