por Fernando Brito
Francamente, esta audiência na Câmara para discutir se existe “ex-gay” é uma dos espetáculos mais ridículos que o Brasil apresenta ao mundo.
Não tenho notícia que, em qualquer ponto da Terra um parlamento
esteja discutindo esta questão. Talvez lá no Isis, enquanto estão
discutindo a quem degolam, mas lá não tem parlamento…
O que é que suas excelências têm a ver com o que cada um faz, deixa
de fazer, torna a fazer, desiste de fazer ou teima em fazer com suas
“partes pudendas”?
Nem eu nem você pagamos os deputados para dizerem quem dá o que a quem.
Não existe nenhuma outra questão em relação às orientações (ou
opções, como querem os conservadores) sexuais que se liguem ao interesse
coletivo que não o respeito, a não-discriminação e a proteção legal e
estatal a quem for vítima de violência ou de preconceito.
Se alguns pastores querem “salvar a alma” de gays e lésbicas da
danação, estejam à vontade, desde que as pessoas queiram. Mas façam como
pastores, não como deputados, porque o legislador a todos obriga com
suas leis, e não há obrigação possível na sexualidade alheia.
Não concordo em muitas coisas, como concordo, com o Jean Willys
porque ele é gay, mas porque penso semelhante nestas questões. Nem
discordo do Bolsonaro por suas propaladas convicções de “macho”, mas
porque ele é um sujeito reacionário e truculento.
Até porque ninguém vai interferir com as minhas ou as suas “partes”.
E não perturbar o muito – embora não tudo – o que vínhamos avançando em matéria de convivência e respeito.
O que se tem de dizer, sempre, é que ninguém pode ser discriminado,
maltratado, agredido ou até morto, como ocorre, por ser gay, hetero,
mulher, negro, branco, candomblecista, mórmon, budista ou lá o que
for. Não pode ser porque é um ser humano, essencialmente igual a mim ou a
você.
Homofobia, como toda fobia, essa tem cura pela razão, não pela provocação.
No mais, lembro de um imbecil que, nos tempos de faculdade, resolveu
fazer gracinha com o “Barbosinha”, um colega gay de outra turma. Colocou
no mural da escola uma provocação que envolvia “robalos”. Barbosinha
nem discutiu. Na primeira reunião pública em que o dito cujo foi,
deu-lhe um murro caprichado – daqueles de um só – na cara diante de todo
mundo.
Que me perdoem os “politicamente corretos”, mas bons tempos aqueles
em o nariz que se metia nas intimidades alheias levava um corretivo
destes.
Até porque ninguém vai interferir com as minhas ou as suas “partes”.
E não perturbar o muito – embora não tudo – o que vínhamos avançando em matéria de convivência e respeito.
O que se tem de dizer, sempre, é que ninguém pode ser discriminado,
maltratado, agredido ou até morto, como ocorre, por ser gay, hetero,
mulher, negro, branco, candomblecista, mórmon, budista ou lá o que
for. Não pode ser porque é um ser humano, essencialmente igual a mim ou a
você.
Homofobia, como toda fobia, essa tem cura pela razão, não pela provocação.
No mais, lembro de um imbecil que, nos tempos de faculdade, resolveu
fazer gracinha com o “Barbosinha”, um colega gay de outra turma. Colocou
no mural da escola uma provocação que envolvia “robalos”. Barbosinha
nem discutiu. Na primeira reunião pública em que o dito cujo foi,
deu-lhe um murro caprichado – daqueles de um só – na cara diante de todo
mundo.
Que me perdoem os “politicamente corretos”, mas bons tempos aqueles
em o nariz que se metia nas intimidades alheias levava um corretivo
destes.
(fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=27786)
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