Com
multas bilionárias aplicadas pela Receita Federal, empresas como o
banco Itaú, de Roberto Setúbal, grupo Globo, de João Roberto Marinho, e
Natura, do ex-vice de Marina Silva Guilherme Leal, observam exemplo do
PSB; partido fechou comitê financeiro anterior à nova candidata e agora
abre outro CNPJ – o registro de pessoas jurídicas – para superar
histórico de contas e arrecadações e começar vida nova, sem passivos a
saldar; entre as três grandes empresas mordidas pelo Leão, todas apostam
em Marina agora; será que ela vai apoiar mudanças de CNPJ como a que
seu partido quer fazer?
26 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:27
247 – Depois
que o PSB anunciou a fórmula que está usando para encerrar o passado de
arrecadações e despesas da campanha do ex-governador Eduardo Campos,
com o fechamento formal do comitê financeiro e abertura de outro, com
novo CNPJ (o número de registro de pessoas jurídicas), pelo menos três
grandes empresas que pertencem ao campo de influência da candidata
Marina Silva podem estar tentadas a fazer o mesmo.
Com
uma multa a pagar de nada menos de R$ 18,7 bilhões à Receita Federal,
por conta de impostos considerados não recolhidos pela fusão com o
Unibanco, o banco Itaú tem esse problema em seu CNPJ. A alternativa
encontrada pelo PSB, com a anuência de Marina, que já começa uma nova
corrida de arrecadação, pode interessar.
No
mesmo caso está uma companhia muito próxima da candidata. A Natura, do
empresário Guilherme Leal, que foi candidato a vice de Marina em 2010,
igualmente tem problemas com o Fisco. No ano passado, a empresa recebeu
uma conta de R$ 628 milhões por IPI e Pis não recolhidos. Um CNPJ zero
quilômetro também cairia bem para superar essa situação.
Para
as Organizações Globo, que jamais esconderam sua oposição à presidente
Dilma Rousseff e, nessa medida, veem com simpatia a opção Marina, uma
suavização no apetite do Leão igualmente seria positiva. A emissora
perdeu no ano passado recurso contra a receita de R$ 730 milhões, em
razão de impostos não recolhidos pela transmissão da Copa do Mundo de
2002.
Se
a moda lançada pelo PSB de Marina pegar, com o passado menos
transparente sendo jogado no lixo da história para a abertura de um
futuro novo em folha, a fila para fazer o mesmo deverá ser grande.
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